Ela quando menina acreditava em contos que a faziam desejar por coisas às vezes distantes, mas que a remota possibilidade de realização lhe trazia brilho no olhar.
Fazia pedidos prometendo se comportar para fazer jus a presentes.
Na adolescência descobriu quão sem graça é o primeiro beijo e quão dolorido é o primeiro amor.
Descobriu que a dor de amor não a faria morrer como sentiu que fosse, mas lhe faria crescer, como de fato cresceu!
Aos poucos descobriu que a vida linda dos contos de fadas existia somente nos livros que a fizeram sonhar.
Que príncipes encantados, não possuíam encantos, mas eram cheios de problemas e que se ela não soubesse escolher, traria pra si o mais problemático deles. E que uma vez tendo escolhido o errado, desfazer desse sapo seria uma dura missão.
Mas aquela menina sonhadora cresceu, em estatura e autoconfiança.
Posso te assegurar que ela transformou a crença em contos e suas promessas de bom comportamento em grandes planos e metas tão sólidas que o desejo de ganhar presentes virou determinação e persistência.
Tenho certeza que muita gente vê nela uma fortaleza e a admira por seu bom humor em encarar a vida.
Mas o que todos não sabem é que por detrás do bom humor ela esconde aquela menina, cheia de sensibilidade e muito embora tenha olhar sedutor, exala amor para aqueles a quem escolheu amar.
A menina virou mulher! E que mulher!
Agora ela segue, desviando de sapos, rindo daqueles que se dizem príncipes e esperando por alguém real. Com defeitos, qualidades, mas disposto a andar de mãos dadas.
Os planos serão alcançados se houver esforços.
Sua fé segue inabalável, pois a certeza de que além dela existe alguém que a cuida, fará dela a pessoa que ela escolher ser.
Autoria: Ana Rubia Coimbra
Narração: William Ricardo Gama
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